O Plano Poupança Reforma (PPR) é uma poupança cujo intuito é gerar um complemento para a reforma e por isso deve ser encarado como um produto de longo prazo.

Apesar de muitos defenderem que não, eu acredito que daqui a uns anos haverá reforma, pode ser menos, sim, mas acredito que haverá sempre algum valor que iremos receber e ao qual iremos chamar de reforma. Poderá ser mais limitado e, por isso, é importante começarmos a preparar cedo um complemento.

Há uns anos, os PPR’s eram um tipo de produto muito acarinhado pelos portugueses, principalmente pelos elevados benefícios fiscais. Deixou de ser durante um período e nos últimos anos sinto que tem havido uma procura crescente. Pelo menos, sinto as pessoas mais curiosas sobre o assunto.

Este interesse crescente deve-se essencialmente ao facto de, quando ouvimos falar em PPR’s, ouvimos sempre falar dos tais benefícios fiscais. E ainda bem, porque, de facto, se pensarmos bem, qual é o banco que paga 20% sobre o capital que investimos? Nenhum. E tendo a possibilidade de pagar apenas 8% na altura do resgate em vez dos tradicionais 28% é outro grande benefício, que nos permite poupar mais 20%. Estas percentagens podem ser diferentes, caso não sejam cumpridas as regras de resgate. Por norma, poucas pessoas valorizam este benefício à saída, porque não é usufruído agora e como estamos todos muito agitados, focados apenas no hoje, não queremos pensar muito no futuro, mas acho que é importante olhar para os benefícios no seu todo.

É importante percebermos que os PPR’s se podem apresentar sob duas formas: sob a forma de seguro, em que o capital é garantido e o rendimento muito baixo, até mesmo nulo. Também sob a forma de fundo, quando o capital não é garantido, mas em que os níveis de rentabilidade podem ser muito elevados.

Primeiramente, devemos saber qual o nosso perfil de investidor. Se formos conservadores e não tivermos nenhuma abertura para o risco, com toda a certeza que o meu conselho é para investir no PPR seguro, pois não vale a pena investirmos em algo que tenha risco, porque vamos andar sempre com “o coração nas mãos”. Agora, se não tivermos medo de arriscar, decerto que devemos investir num fundo. Atenção que quando falo aqui que o capital não é garantido, é verdade, mas quero realçar que o risco é muito limitado e diversificado, o que faz com que seja baixo, no entanto, não deixa de ser um risco.

Investir num fundo de PPR significa que existirão períodos de oscilações, como por exemplo em março e abril de 2020, mas que depois se recupera e como a ideia é deixar estar no longo prazo, o risco dilui-se. Sem dúvida que o potencial de crescimento é muito mais elevado. Não podemos fazer hoje um PPR de 1000€ e esperar que para o ano já lá tenhamos 5000€.

Apostar na continuidade e no crescimento ao longo do tempo é a chave para o PPR se transformar em muitos euros.

Mesmo quando chegarmos à idade da reforma, se calhar não vamos resgatar o valor todo ao mesmo tempo, vamos resgatando aos poucos e o dinheiro que lá vai ficando vai continuar investido e sendo num produto com risco vai rendendo sempre muito mais.

Por isso, quando me perguntam se vale a pena investir em PPR a minha resposta é sim e, com toda a certeza, sugiro sempre o investimento de PPR em fundos, por ser um produto de longo prazo, em que o risco se dissolve e as taxas de rentabilidades são mais elevadas. Atualmente há centenas de PPR de vários tipos, cabe a cada um de nós analisar e procurar especialistas que possam esclarecer e aconselhar o melhor que se ajusta ao respetivo perfil.

Fale connosco para conhecer a opção de PPR mais adequada para si!

Autora: Margarida Lopes